ISBN: 978-65-85651-24-0
Há um problema no espaço topológico para a definição de “direitas” hoje. A quantidade de grupos e subgrupos que compõem esse conjunto com múltiplas perspectivas é incapaz de fugir a terminologias oriundas da primeira metade do século XX, como “os fascismos” ou mesmo “os populismos”, e construir uma categoria que vá para além da aporia de um nome.
Se no pós-Segunda Guerra Mundial falávamos de “neofascismo”; nos anos 1980 o termo utilizado foi “extrema-direita” e nos anos 1990 “direita radical”, agora, no século XXI, o termo mais utilizado tem sido “ultradireita” (far right) ou o controverso conceito de “direita nacional populista”. Esse termo acaba por se tornar frágil e pouco sustentável do ponto de vista acadêmico, mesmo considerando seu largo uso pelos meios de comunicação. Assim, não só é impossível tratar a multiplicidades desses grupos no singular, o que nos levaria a imaginar que há uma real unidade entre eles, algo impossível de comprovar, mas também não considera seu caráter transnacional, o que faz com que esses grupos possuam questões e demandas comuns em diversos lugares e ganhe contornos regionais e locais a depender de onde se expressam.
Além disso, ao avaliarmos as direitas, nos deparamos com o polêmico debate sobre o “populismo”, definição formulada para qualificar os governos nacionais estatistas na América Latina nos anos 1930 — 1940. Esse conceito, mesmo sendo defendido por intelectuais de prestígio como Pierre Rosanvallon (Rosanvallon 2017) e Federico Finchelstein (Finchelstein 2019), é duramente criticado por Mudde (Mudde 2019) e por Michael Löwy (Löwy 2014), por ser considerado uma “ideologia débil” que apenas divide a sociedade em dois grupos homogêneos e antagônicos que seriam um povo “puro” e uma “elite corrupta”. Michael Löwy coaduna com os argumentos de Mudde ao afirmar que a conceituação de “populismo” é incapaz de analisar os novos fenômenos das direitas emergidos no século XXI. Sua argumentação alerta para o perigo da interpretação de que esse conceito seja uma “posição política que toma o lado do povo contra as “elites”. Ao fazê-lo, mesmo que de forma involuntária, acaba-se por legitimar as ações de “extrema-direita” e tornar a sociedade simpática a eles, aceitando suas proposições, afinal quem seria contra o próprio povo e a favor das elites? (Löwy 2014). Portanto, o uso desse conceito, retira da pauta de debate temas caros a sociedade civil e ao Estado como a xenofobia, o racismo, os fascismos, a questão migratória. Além disso, outro equívoco estaria no uso irrestrito para igualar pensamentos à direita e à esquerda utilizando-se das terminologias “populismo de direita” e “populismo de esquerda”.
Nesse sentido, utilizamos a definição do politólogo holandês Cas Mudde. Segundo ele, a ultradireita estaria diretamente ligada ao discurso antissistema, adotando uma postura veementemente hostil à democracia liberal. No interior deste grupo, teríamos uma direita mais extremista, que rejeita essencialmente a democracia, e a direita radical que, mesmo “aceitando” a democracia liberal, se oporia a elementos fundamentais dela como o direito das minorias, o Estado de Direito e à separação dos poderes (Mudde 2019).
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ISBN: 978-65-85651-51-6
A obra dialoga, a partir da análise da cultura visual e das visualidades, com a construção histórica da colonialidade do olhar e com a crítica decolonial, buscando identificar as derivas do ver, os escapes e as resistências - no plano da cultura - que tensionam e atuam contra os poderes estabelecidos nos domínios da economia e da política. Os artigos contidos nesta obra, em um primeiro momento, investigam a construção histórica da mitologia de nascimento dos EUA com a ode ao progresso como destino, seja na expansão territorial seja na industrialização capitalista. Em um segundo momento, debruçando-se sobre o cone sul, investiga-se a frustração nostálgica de elites da Argentina e do Brasil que buscam consolidar, por meio de projetos arquitetônicos, a síntese de uma perspectiva apartada de sociedade na qual viam o povo como sendo inadequado para a grandeza dos sonhos idealizado de seus pretensos líderes. A obra também agrega a entrevista com o historiador Francisco Santiago, especialista em História e cultura visual.
ORGANIZADORAS: Carla Miucci Ferraresi de Barros e Mônica Brincalepe Campo
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A família é considerada um grupo de pessoas ligadas por vínculos biológicos e/ou afetivos que, claramente, não tem uma forma de composição única, isso decorre do fato de que o afeto não se apresenta sempre do mesmo modo. Não cabe ao Estado ou a sociedade impor as pessoas que respeitem um determinado formato de família. O atual sistema jurídico deixou de valorizar as formas para priorizar as pessoas. A presente obra tem por finalidade apresentar as novas composições familiares e repercussões no direito das famílias e sucessões. Os novos arranjos familiares tem como característica a pluralidade de parceiros ou genitores, que excedem o tradicional modelo constituído pelos casais ou pares. De outro modo, família parental não somente é aquela onde estão presentes a figura do pai, mãe e filho(s), pois também será parental a comunidade monoparental, a família homoafetiva com descendente(s) e a multiparental. Do mesmo modo, a família conjugal não se limita ao casal hetero e homoafetivo, pois se estende a família paralela e poliafetiva. Cabe ao Estado e a sociedade proteger e possibilitar que os novos grupos familiares possam usufruir dos mesmos direitos das demais famílias.
Número ISBN: 978-85-7856-221-2
Giorge André Lando (Orgs.).
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ISBN: 978-65-85651-58-5
O cuidado com o meio ambiente e com as pessoas é essencial para o funcionamento das melhores organizações em nosso tempo, demandando estudos e estratégias para lidar adequadamente com aspectos centrais para a promoção de um desenvolvimento ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente diverso. Nesse sentido, é com grande satisfação que compartilhamos o Plano de Logística Sustentável (PLS) da Universidade de Pernambuco (UPE). Com o Plano, avançamos, de modo decisivo, em nosso compromisso de contribuir para a construção de uma Universidade mais sustentável, assim como auxiliar o processo de mudança nas Instituições de Ensino Superior de Pernambuco. Este PLS foi formatado a partir da escuta de nossa comunidade acadêmica, além de especialistas em cada um dos eixos constituídos, de modo a estabelecer, para nossa Universidade, as prioridades, os objetivos centrais bem como as estratégias mais acertadas para a consecução desses objetivos. O Plano contempla os seguintes eixos: Eficiência Energética; Gestão de Água e Esgoto; Tratamento de Resíduos Sólidos; Qualidade de Vida e Igualdade; Consumo, Compras e Contratações Sustentáveis; Mobilidade e Segurança; Urbanização, Paisagismo e Acessibilidade; Educação para a Sustentabilidade; Comunicação para a Sustentabilidade; e Ações Acadêmicas em Ensino, Pesquisa e Extensão para a Sustentabilidade. A partir de uma visão sistêmica, as iniciativas orientadas pelo PLS se alinham à Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Desse modo, tais iniciativas auxiliarão nossas ações nas dimensões ambiental, social e de governança, beneficiando não só a nossa comunidade acadêmica e todos os pernambucanos e pernambucanas, mas também o planeta em última instância.
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ISBN: 978-85-518-5139-5
Este livro foi engendrado a partir da compreensão de que o ensino de História além de se constituir em uma práxis, ou seja, de ser o movimento do agir pensando e do pensar agindo (SOUZA, 2001) dos professores da disciplina, também se apresenta enquanto um objeto de estudos acadêmicos. O que hoje nos parece uma obviedade, nos idos do nosso curso de graduação, quando travávamos os primeiros contatos com produções deste gênero, nos surpreendeu a descoberta de um campo vasto e rico. É interessante refletirmos o fato de que mesmo na atualidade, após duas décadas de sólidas pesquisas no Brasil, segmentos significativos da própria academia demonstram certa dificuldade em reconhecer a contribuição e especificidade das investigações sobre a História enquanto disciplina curricular. No máximo este é percebido como um “objeto menor”, demonstrando, assim, pouca ou nenhuma visibilidade em relação a esta área do conhecimento.
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A obra Desafios e Perspectivas para o Desenvolvimento Local Sustentável em Múltiplas Dimensões, observa elementos socioeconômicos, culturais e ambientais para uma discussão ampla sobre a sustentabilidade. Este trabalho evidencia a aplicação das bases empreendedoras e da inovação inseridas em pesquisas na área de gestão. A discussão de textos por pesquisadores e parceiros nacionais e internacionais, como também estudantes da Pós-graduação Stricto Sensu da Universidade de Pernambuco do programa de Mestrado em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável, aborda temas como: inovação, sustentabilidade, empreendedorismo, políticas públicas, educação, responsabilidade social e empresarial e reitera os diversos cenários de sua abrangência com vanguarda.
ISBN: 978-85-7856-228-1
José Luiz Alves; Anderson Góis Marques da Cunha; Gutemberg Xavier Santos Gomes
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ISBN: 978-65-85651-83-7
Esta pesquisa objetiva analisar como a utilização de jogos pedagógicos pode contribuir para minorar necessidades de aprendizagem quanto ao uso da pontuação na escrita de alunos do 8º ano do ensino fundamental. Partimos da investigação das dificuldades em produções textuais e construímos uma Sequência Didática, propondo a interação e aprendizagem ativa. Nos módulos de ações interventivas, contemplamos uma concepção reflexiva e significativa de aprendizagem linguística, inspirada metodologicamente em Pilati (2017). O contexto da pesquisa é uma escola pública municipal localizada em São Bento do Una –PE. A base teórica está centrada em Antunes (2003; 2014), Consenza e Guerra (2011), Machado e Elias (2022), Kishimoto (2021), Almeida (2013) e Miranda (2020), Caillois (2017), Huizinga (2019), Amaral e Ohy (2023), Lukeman (2011) e Ferrarezi Jr. (2021). Analisamos, ainda, como a pontuação é abordada nos documentos oficiais da Educação Básica e em recursos pedagógicos. Os estudantes superaram as fragilidades diagnosticadas, ampliando sua compreensão em relação a pontuação e aos aspectos da organização da língua, refletindo sua evolução em sua escrita.
Autora: Maria Célia Rocha de Moraes
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ISBN: 978-65-86413-89-2
Sinopse: A educação para o trabalho vem se mostrando uma pauta permanente e pertinente à autonomia pedagógica e formativa dos IFs, sobretudo porque vem buscando romper com a influência do neoliberalismo e do mercado de trabalho na formação de seus cursos, para que atuem de forma polivalente, desregulamentando relações de trabalho (naturalização da flexibilização) e confundindo a ideia de modernização em contrapartida ao crescimento da pobreza mitigada (BRASIL, 2010c). Associar o mundo do trabalho aos desafios trazidos pela globalização e pela informatização, com o uso das tecnologias, passou então a exigir da educação uma postura diferente: integrar os conhecimentos essenciais à vida, às práticas profissionais, para que se ofereçam respostas aos problemas complexos da sociedade de modo mais flexível, crítico e inovador (KUENZER; LIMA, 2013).
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