Como falar em "literatura nacional" em um contexto neoliberal que reorganiza os modos de existência e descontrói alguns aspectos discursivos elementares para a construção da nação enquanto "comunidade imaginada"? O que significa ser um "clássico" da literatura quando parâmetros pós-modernos rompem com a possibilidade mesma de hierarquização estrutural inerente a delimitação de quaisquer conjuntos alicerçados sobre códigos mais ou menos permanentes de construção de sentido, borrando as outrora bem delimitadas fronteiras entre erudito e popular, alternativo e mainstream, pop e clássico? Como construir uma "historiografia literária" quando a perspectiva dos vencedores que vem orientando por séculos a narrativa escolar hegemônica sofre importantes deslocamentos a partir da visão dos "de baixo"? Afinal, o que pode o literário em meio ao caos? O que pode fazer o professor de literatura quando tem diante de si a possibilidade cada vez mais concreta do fim do mundo? Cabe a este a responsabilidade de definir o que deve ser preservado dentre as ruínas e o que deve ser atirado fora, para ver emergir o novo. Uma tarefa impossível e, ao mesmo tempo, inadiável.
Numero ISBN 978-65-86413-43-4
Org. OLIVEIRA, Acauam Silvério; CHAGAS, Silvania Núbia
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PROJETOS DE NAÇÃO, MATERIAIS DIDÁTICOS E TRAJETÓRIAS DOCENTES
A coletânea Histórias do Ensino de História: Projetos de nação, materiais didáticos e trajetórias docentes já nasce referência fundamental para os pesquisadores da área. Sua cuidadosa e articulada organização permite uma leitura dos seus nove capítulos em conjunto, como expressão das apropriações de alguns campos referenciais da pesquisa histórica contemporânea, como me referi aos estudos sobre a história dos intelectuais na historiografia da educação. E, é claro, a leitura de cada um dos capítulos como unidades específicas, com suas próprias problematizações. Uma obra que contribui, sem dúvida, para o avanço do conhecimento sobre o ensino de História em perspectiva histórica.
ISBN nº 978-65-86413-23-6
OLIVEIRA, João Paulo Gama; MANKE, Lisiane Sias; SANTOS; Magno Francisco de Jesus
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Número ISBN: 978-65-86413-65-6
Sinopse: "[...] o desenvolvimento desta pesquisa visa contribuir para o campo da Educação Infantil e para o campo das discussões raciais, evidenciando que ambos os campos podem contribuir para que a diferença seja o mote do ato educativo. Assim, atentamos para a importância que as relações humanas desempenham no espaço escolar da Educação Infantil, para que essas ossam ser equânimes, desmistificando a ideia que um homem nesse ambiente está no lugar errado, bem como repensando as representações acerca do professor homem negro."
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ISBN: 978-65-85651-43-1
Trata-se das publicações apresentadas nas comunicações do 2o Evento Ensinar História que aconteceu nos dias 04, 05 e 06 de setembro de 2023 na Universidade Federal de Pernambuco.
O Evento contou com organização da UFRPE, UPE e UFPE, ocorreu mesas de debates sobre o Novo Ensino Médio e as relações Étnico-raciais. As comunicações se dividiram em História acadêmica e profissional.
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ISBN: 978-85-518-5143-2
A obra intitulada A História da Saúde, das Doenças e das Ciências no Ensino de História- volume 2 faz parte da coleção “Ensino de História: teorias, práticas e novas abordagens,” um empreendimento do Curso de Mestrado Profissional em Ensino de História (PROFHISTÓRIA), da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), sediado no Campus Professor Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, município do Norte do estado. A coletânea é composta por capítulos que foram desenvolvidos por várias autoras e autores a partir de espacialidades, temporalidades e sujeitos diversificados acerca das temáticas relacionadas à história da saúde, das doenças e das ciências em articulação com o ensino-aprendizagem da disciplina História no nível básico.
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ISBN: 978-85-518-5171-5
Esta obra tem como ponto de partida a constatação que o ensino de História representa hoje no Brasil um fecundo campo de reflexões e pesquisas acadêmicas. Nos referenciaremos aqui no que foi realizado por Ernesta Zamboni (2005, p. 37- 49). Segundo a autora, um recorte panorâmico no campo permite perceber que as investigações realizadas se caracterizam pela multidisciplinaridade e multirreferencialidade, pois nelas se entrecruzariam “diferentes saberes, diferentes áreas do conhecimento [...] (ZAMBONI, 2005, p. 37). Pelo painel apresentado, constata Zamboni que as pesquisas sobre o ensino de História consolidaram-se no Brasil durante a década de 1990. Há um significativo crescimento quantitativo e qualitativo das pesquisas e uma diversificação nas abordagens adotadas, com a constituição de subcampos. Desta forma, aglutinam-se investigações a partir de certas categorias centrais, tais como: a formação de professores de História, a História do ensino de História, o livro didático de História, o currículo de História, as práticas pedagógicas dos docentes da disciplina, a circulação de saberes históricos em espaços virtuais e não-escolares.
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2018/ ISBN 978-85-518-0969-3
Marcela Wanderley, George Conrado, Ailton Junior e Maria Luiza da Silva (org.)
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ISBN: 978-65-85651-24-0
Há um problema no espaço topológico para a definição de “direitas” hoje. A quantidade de grupos e subgrupos que compõem esse conjunto com múltiplas perspectivas é incapaz de fugir a terminologias oriundas da primeira metade do século XX, como “os fascismos” ou mesmo “os populismos”, e construir uma categoria que vá para além da aporia de um nome.
Se no pós-Segunda Guerra Mundial falávamos de “neofascismo”; nos anos 1980 o termo utilizado foi “extrema-direita” e nos anos 1990 “direita radical”, agora, no século XXI, o termo mais utilizado tem sido “ultradireita” (far right) ou o controverso conceito de “direita nacional populista”. Esse termo acaba por se tornar frágil e pouco sustentável do ponto de vista acadêmico, mesmo considerando seu largo uso pelos meios de comunicação. Assim, não só é impossível tratar a multiplicidades desses grupos no singular, o que nos levaria a imaginar que há uma real unidade entre eles, algo impossível de comprovar, mas também não considera seu caráter transnacional, o que faz com que esses grupos possuam questões e demandas comuns em diversos lugares e ganhe contornos regionais e locais a depender de onde se expressam.
Além disso, ao avaliarmos as direitas, nos deparamos com o polêmico debate sobre o “populismo”, definição formulada para qualificar os governos nacionais estatistas na América Latina nos anos 1930 — 1940. Esse conceito, mesmo sendo defendido por intelectuais de prestígio como Pierre Rosanvallon (Rosanvallon 2017) e Federico Finchelstein (Finchelstein 2019), é duramente criticado por Mudde (Mudde 2019) e por Michael Löwy (Löwy 2014), por ser considerado uma “ideologia débil” que apenas divide a sociedade em dois grupos homogêneos e antagônicos que seriam um povo “puro” e uma “elite corrupta”. Michael Löwy coaduna com os argumentos de Mudde ao afirmar que a conceituação de “populismo” é incapaz de analisar os novos fenômenos das direitas emergidos no século XXI. Sua argumentação alerta para o perigo da interpretação de que esse conceito seja uma “posição política que toma o lado do povo contra as “elites”. Ao fazê-lo, mesmo que de forma involuntária, acaba-se por legitimar as ações de “extrema-direita” e tornar a sociedade simpática a eles, aceitando suas proposições, afinal quem seria contra o próprio povo e a favor das elites? (Löwy 2014). Portanto, o uso desse conceito, retira da pauta de debate temas caros a sociedade civil e ao Estado como a xenofobia, o racismo, os fascismos, a questão migratória. Além disso, outro equívoco estaria no uso irrestrito para igualar pensamentos à direita e à esquerda utilizando-se das terminologias “populismo de direita” e “populismo de esquerda”.
Nesse sentido, utilizamos a definição do politólogo holandês Cas Mudde. Segundo ele, a ultradireita estaria diretamente ligada ao discurso antissistema, adotando uma postura veementemente hostil à democracia liberal. No interior deste grupo, teríamos uma direita mais extremista, que rejeita essencialmente a democracia, e a direita radical que, mesmo “aceitando” a democracia liberal, se oporia a elementos fundamentais dela como o direito das minorias, o Estado de Direito e à separação dos poderes (Mudde 2019).
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- Ensino e aprendizagem: interlocuções com a psicologia da educação matemática
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