NÃO MEXE COMIGO QUE EU NÃO ANDO SÓ
A sociedade humana tem se organizado numa perspectiva de gênero em que este se constitui a partir das relações sociais baseadas nas diferenças percebidas entre os sexos se articulando como primeiro campo de poder. Diante disso, as relações de gênero podem ser ao mesmo tempo criativas e violentas, uma vez que corpos e culturas estão em constante jogo num processo de transformação e destruição por espaço, identidade, reconhecimento, prazer, legitimidade e formas de existência. Assim, a discussão de gênero nesta proposta está para além de uma perspectiva estática e categórica (feminino x masculino), mas se apresenta de forma dinâmica articulada com sexualidade e com a transgeneridade tendo a saúde como campo privilegiado de sustentação e diálogo. Nesse sentido, a proposta se debruça em refletir aspectos de um modelo civilizatório humano, fraterno e solidário, que tenha como base os valores expressos pela luta antirracista, feminista e ecológica na busca de uma sociedade multirracial e pluricultural, em que a diferença seja vivida como equivalência e não mais como inferioridade, assegurando que todos se sintam representados em sua individualidade.
Número ISBN: 978-65-86413-49-6
LANDO, Giorgi André; NASCIMENTO, Elaine Ferreira do; MONTE, Liana Maria Ibiapina do
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ISBN: 978-65-86413-81-6
Nos últimos quatro anos a gestão universitária no Brasil tem sido desafiada a colocar em prática um dos mais significativos princípios constitucionais de qualidade do trabalho acadêmico, qual seja, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Este princípio valoriza estratégias de aproximação entre universidade e sociedade, por meio da extensão universitária integrada ao ensino e a pesquisa crítica, evidenciando o significado social do trabalho acadêmico. Essa questão ganhou maior visibilidade quando da institucionalização das Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, publicada pelo Conselho Nacional de Educação em 2018, que reafirmou a extensão como uma atividade integrada ao currículo formativo e ao planejamento da pesquisa, além de estabelecer um prazo limite para sua efetivação em todos os cursos de graduação. Esse processo de regulamentação foi desenvolvido como resultado de uma luta política histórica do Fórum Nacional de Pró-reitores de Extensão – FORPROEX, ao longo de mais de três décadas e representa um avanço significativo para a regulamentação da Extensão Universitária no cenário do ensino superior público brasileiro.
ISBN: 978-65-86413-83-0
Sinopse: A pandemia, objeto do estudo, originou uma crise que impactou os diversos povos na esfera econômica, política e biopsicológica. Ainda não se pode falar em pós-pandemia, pois infectologista alertam para o perigo das novas cepas que estão surgindo em toda parte, sobretudo nos países que inda não têm cobertura vacinal. Entre as pessoas idosas, fase na qual as fragilidades recrudescem por diversos fatores, houve uma maior incidência de mortes. Contudo, com a vacinação começando pelos mais avançados em idade, percebeu-se que o contágio do vírus foi arrefecendo. Ficou claro que seria urgente produzir vacinas em escala mundial. Infelizmente, os países empobrecidos não conseguem acompanhar o ritmo de imunização, como ocorre nos países ricos, justamente por questões socioeconômicas.
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ISBN: 978-65-85651-82-0
O presente trabalho de mestrado vinculado à linha de pesquisa Políticas Educacionais, Formação Docente e Práxis Pedagógica, tem como objetivo empreender um estudo sobre as representações femininas medievais presentes no livro de História do 6º Ano mais utilizado no país e nas obras literárias infantojuvenis aprovadas pelo PNLD 2020 (Categoria 1), originárias no contexto medieval. Como metodologia adotou-se a pesquisa documental e bibliográfica, com o olhar decolonial sobre o livro História, Sociedade & Cidadania (6º Ano), sete obras literárias infantojuvenis e currículo de Pernambuco. Como resultados observou-se que é visível a ausência de empoderamento feminino na maioria dos acervos e a permanência da reprodução de desigualdades de gênero no livro de História, enquanto as figuras masculinas ocupam os espaços políticos, de poder e intelectualidade, as figuras femininas são representadas nos espaços de vulnerabilidade. A fim de trazer um novo olhar sobre a mulher na História e na Literatura e promover a educação de gênero no ambiente escolar, elaboramos como produto didático-pedagógico um e-book com contos biográficos sobre grandes mulheres medievais.
Autora: Joelandia Nunes Ulisses de Oliveira
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ISBN: 978-85-7856-246-5
O Projeto Raízes em Movimento – Ilha de Mercês, desenvolvido no âmbito da Universidade de Pernambuco (UPE), tem como objetivo principal promover a integração entre o Complexo Industrial Portuário de Suape e a comunidade quilombola de Mercês, visando o desenvolvimento sociocultural, socioeconômico e a preservação dos direitos das populações envolvidas. No mês de abril de 2025, as atividades do projeto foram intensificadas com foco na conclusão do censo demográfico na comunidade, etapa essencial para o planejamento das próximas ações e à proposição de políticas públicas e de ações de atendimento a essa comunidade.
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ISBN: 978-65-85651-26-4
Por muito tempo, as produções didáticas abordaram a temática sobre os quilombos e as comunidades quilombolas de maneira estereotipada e folclorizada. Nosso objetivo com este trabalho é contribuir para a desconstrução dos estereótipos na abordagem dessas temáticas, ao tempo que evitamos cair no perigo de uma história única. Partindo por uma
perspectiva decolonial, iremos evidenciar nessa produção o trabalho de pesquisadores, especialmente intelectuais negros, que se debruçaram nos estudos sobre o quilombo desde suas origens até as comunidades quilombolas atuais, com foco no espaço pernambucano de atuação. Nessas narrativas, iremos discutir as formas de opressão que a população
negra foi e ainda continua sendo submetida pelos brancos, evidenciando o protagonismo negro na atuação e liderança das mulheres negras nas comunidades quilombolas, seja através de sua luta, resistência, espaços de negociação e de continuidades históricas.
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ISBN: 978-65-86413-95-3
Sinopse: "Pesquisas sobre Resolução de Problemas no Ensino de Ciências e suas Interfaces foi elaborado a partir de trabalhos desenvolvidos no grupo de pesquisa “Ensino e Aprendizagem baseados na Resolução de Problemas” (NUPEABRP), certificado pelo CNPq, e vinculado aos Programas de Pós-Graduação em Ensino de Ciências (PPGEC), ao Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI) e ao Departamento de Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). [...] O e-book traz uma seleção de artigos de pesquisa produzidos pelo grupo, que objetivam contribuir como suporte teórico-metodológico para o ensino de ciências, e prática de ensino de professores e professoras de ciências sobre a abordagem de resolução de problemas no espaço da sala de aula de escolas e universidades."
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ISBN: 978-65-85651-21-9
Há um problema no espaço topológico para a definição de “direitas” hoje. A quantidade de grupos e subgrupos que compõem esse conjunto com múltiplas perspectivas é incapaz de fugir a terminologias oriundas da primeira metade do século XX, como “os fascismos” ou mesmo “os populismos”, e construir uma categoria que vá para além da aporia de um nome.
Se no pós-Segunda Guerra Mundial falávamos de “neofascismo”; nos anos 1980 o termo utilizado foi “extrema-direita” e nos anos 1990 “direita radical”, agora, no século XXI, o termo mais utilizado tem sido “ultradireita” (far right) ou o controverso conceito de “direita nacional populista”. Esse termo acaba por se tornar frágil e pouco sustentável do ponto de vista acadêmico, mesmo considerando seu largo uso pelos meios de comunicação. Assim, não só é impossível tratar a multiplicidades desses grupos no singular, o que nos levaria a imaginar que há uma real unidade entre eles, algo impossível de comprovar, mas também não considera seu caráter transnacional, o que faz com que esses grupos possuam questões e demandas comuns em diversos lugares e ganhe contornos regionais e locais a depender de onde se expressam.
Além disso, ao avaliarmos as direitas, nos deparamos com o polêmico debate sobre o “populismo”, definição formulada para qualificar os governos nacionais estatistas na América Latina nos anos 1930 — 1940. Esse conceito, mesmo sendo defendido por intelectuais de prestígio como Pierre Rosanvallon (Rosanvallon 2017) e Federico Finchelstein (Finchelstein 2019), é duramente criticado por Mudde (Mudde 2019) e por Michael Löwy (Löwy 2014), por ser considerado uma “ideologia débil” que apenas divide a sociedade em dois grupos homogêneos e antagônicos que seriam um povo “puro” e uma “elite corrupta”. Michael Löwy coaduna com os argumentos de Mudde ao afirmar que a conceituação de “populismo” é incapaz de analisar os novos fenômenos das direitas emergidos no século XXI. Sua argumentação alerta para o perigo da interpretação de que esse conceito seja uma “posição política que toma o lado do povo contra as “elites”. Ao fazê-lo, mesmo que de forma involuntária, acaba-se por legitimar as ações de “extrema-direita” e tornar a sociedade simpática a eles, aceitando suas proposições, afinal quem seria contra o próprio povo e a favor das elites? (Löwy 2014). Portanto, o uso desse conceito, retira da pauta de debate temas caros a sociedade civil e ao Estado como a xenofobia, o racismo, os fascismos, a questão migratória. Além disso, outro equívoco estaria no uso irrestrito para igualar pensamentos à direita e à esquerda utilizando-se das terminologias “populismo de direita” e “populismo de esquerda”.
Nesse sentido, utilizamos a definição do politólogo holandês Cas Mudde. Segundo ele, a ultradireita estaria diretamente ligada ao discurso antissistema, adotando uma postura veementemente hostil à democracia liberal. No interior deste grupo, teríamos uma direita mais extremista, que rejeita essencialmente a democracia, e a direita radical que, mesmo “aceitando” a democracia liberal, se oporia a elementos fundamentais dela como o direito das minorias, o Estado de Direito e à separação dos poderes (Mudde 2019).
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